
Quem deseja se suicidar muitas vezes dá sinais que podem ser difíceis de serem identificados, como mudanças bruscas de comportamento, abandono de atividades profissionais e hobbies, doação de coisas às quais tinham apego, alternâncias repentinas de humor, etc. ou frases soltas como: “eu preferia estar morto”, “eu sou um perdedor e um peso pros outros”, “os outros vão ser mais felizes sem mim”, “queria poder viajar e nunca mais voltar”. São sinais de difícil identificação, especialmente para quem convive com a pessoa, razão pela qual não existem culpados ou responsáveis por não terem tido essa percepção.



É preciso perder o medo de se aproximar das pessoas e oferecer ajuda. A pessoa que está numa crise suicida se percebe sozinha e isolada. Se um amigo se aproximar e perguntar “tem algo que eu possa fazer para te ajudar?”, a pessoa pode sentir abertura para desabafar. Nessa hora, ter alguém para conversar pode fazer toda a diferença. E qualquer um pode ser esse “ombro amigo”, que ouve sem fazer críticas ou dar conselhos. Quem decide ajudar não deve se preocupar com o que vai falar. O importante é estar preparado para ouvir respeitando o momento e a forma de pensar desta pessoa.

Pessoas de todas as idades e classes sociais cometem suicídio. Durante muito tempo, falar sobre suicídio foi um tabu, havia medo de se falar sobre o assunto. Vários motivos podem levar alguém ao suicídio. Normalmente, não é um motivo único, e sim um conjunto de situações e a pessoa tem necessidade de aliviar pressões como cobranças sociais, culpa, remorso, depressão, ansiedade, medo, fracasso, humilhação etc.