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Hospital e Maternidade Santa Isabel recebe primeira etapa do treinamento para atendimento a pacientes com AVC

By 10 de janeiro de 2020Notícias

Escolhido no final de 2019 para ser instituição referência no atendimento a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC), o Hospital e Maternidade Santa Isabel (HMSI) dá continuidade neste início de ano para se tornar uma Unidade de AVC. Entre os dias 7 e 9 de janeiro, a educadora científica Kamila Fachola ministrou o treinamento voltado para equipes assistencial e administrativa, com o objetivo de certificar o hospital, tornando-o apto a fazer todo atendimento ao paciente acometido pela doença.

O curso – que é a primeira etapa do processo, contou com quase 170 inscritos de toda a microrregião, vinculados ao HMSI, Unimed Jaboticabal (Unimed 24 horas e Pronto Atendimentos), Unidade de Pronto Atendimento 24 horas (UPA) e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

“O Projeto Angels, internacional, atua em mais de 130 países para qualificar e implementar novos centros de tratamento para pacientes com AVC, e o HMSI foi escolhido como um deles. Serão várias etapas, com previsão de término em junho deste ano, para que o hospital possa ser certificado”, afirmou a palestrante, especialista em Qualidade e Segurança do Paciente e mestre em Gestão em Saúde.

A equipe assistencial (corpo de enfermagem) recebeu orientações para atendimento ao paciente desde o primeiro contato (ligação antes da chegada ao hospital), passando pelo pré-hospitalar, o atendimento em si (como atender, medicar, todo o passo-a-passo), até a alta. Já a equipe administrativa é fundamental na primeira etapa, na chegada do paciente ao hospital, para que possa identificar os sinais e alertar o corpo assistencial.

“O tratamento ao paciente com AVC deve ser feito até nas primeiras quatro horas e meia que surgem os sintomas. Depois disso, não existe mais tratamento específico. O treinamento, portanto, tem como um dos requisitos gerar esse engajamento para que as equipes possam dar a devida importância e saber identificar os sintomas, agilizando o atendimento”, reforçou Kamila.

“Ser escolhido para se tornar uma Unidade de AVC é uma grande conquista para nosso hospital e para toda a saúde de Jaboticabal e microrregião. O tempo é fundamental no atendimento a esse paciente, para que ele possa se recuperar com o mínimo de sequelas possível”, afirmou o Provedor da Irmandade de Misericórdia, Dr. Luiz Eduardo Romero Gerbasi.

“O estabelecimento do protocolo para o atendimento ao paciente com AVC é mais um passo importante para o processo de melhoria contínua do nosso hospital, único responsável pelo atendimento aos pacientes SUS em nossa cidade. Além disso, também evitará que muitos sejam encaminhados a outros centros para esse tipo de tratamento, agilizando todo o processo”, ressaltou o coordenador do HMSI, Dr. Jeyner Valério Júnior.

Para se tornar um estabelecimento apto a atender pacientes acometidos por AVC, é necessário que a instituição de saúde cumpra diversos requisitos, definidos por Portaria do Ministério da Saúde em 2012. Deve oferecer atendimento 24 horas por dia, os sete dias da semana; realizar exame de tomografia computadorizada de crânio ininterruptamente; dispor de equipe treinada em urgência para atendimento a pacientes com AVC, composta por médico, enfermeiro, técnicos de enfermagem, e coordenada por neurologista; disponibilizar atendimento neurológico em até 30 minutos após a entrada do paciente; possuir leitos monitorados para o atendimento ao AVC agudo; realizar serviço de laboratório clínico em tempo integral; e dispor de equipe neurocirúrgica presencial ou disponível em até duas horas, entre outros.

Projeto Angels

O Programa Angels é uma iniciativa internacional da Boehringer Ingelheim que busca qualificar os centros de AVC já existentes e auxiliar na implementação de novos centros. O Brasil, atualmente, conta com 63 centros de atendimento a pacientes acometidos pela doença, a maioria em capitais.

O treinamento para certificar o hospital é constituído por seis etapas, sendo uma delas uma atividade com um paciente oculto para identificar como está o atendimento. Todo o processo tem duração prevista de aproximadamente seis meses, dependendo do desempenho de cada instituição de saúde.

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